Esta semana morreu Michael Jackson, para muitos o rei da pop. Para muitos uma perda, para outros nem tanto. Para mim é a morte de um ser humano com algumas capacidades magníficas, mas um autêntico espelho de uma sociedade (americana) absolutamente idiota!
A verdade é que na América trabalham-se as pessoas para o sucesso individual e não se olham às consequências, mas se olharmos para a vida deste cantor observamos claramente que o sucesso é uma prenda envenenada, em que por um lado estão as pessoas que idolatram e tornam-se quase cegos e fanáticos profetas destas vedetas e por outro lado estão os "sugadores de mentes" das revistas "cor de rosa", que procuram enterrar sempre o mais que podem de modo a venderem mais alguns exemplares das suas sempre lamentáveis obras! Ora todas as excentricidades deste cantor parecem ser o resultado do tão ambicionado sucesso e até apetece perguntar "se eu tiver sucesso por aqueles lados posso tornar-me num indivíduo esquisitóide, que tem uma disneylândia pessoal e uma mente de um puto de 5 anos?"

Por outro lado há o mundo a chorar a sua morte. Ok, aceita-se de certa forma, mas muito terei muita dificuldade em perceber todos aqueles que a chorem compulsivamente, visto que a) Michael Jackson não faz parte da família de 99,9% daqueles que assim choram; b) o cantor tem um vasto espólio musical que praticamente o imortaliza (ora só morre para quem o quer mesmo morto); c) vá lá existem milhentas razões mais imortantes para se chorar que a morte de uma superstar de apesar de tudo viveu com luxos que muitos nós nem sequer imagina!

Por fim devo realçar a característica que mais me agradou nele, que foi a alma que entregou à sua obra! Infelizmente é algo que hoje me dia poucos artistas do ramo se dão ao luxo de entregar, dado que até nem são precisos grandes esforços para se vencer, basta apenas passar 5 vezes à hora na MTV ou ter-se um apelido do género "Hilton" ou os dois!

Fico feliz em saber que ao menos em Portugal o nível de idiotice não é tão alto que em terras do tio Sam e do primo Bush!