Um blog onde a inteligência dos posts é comparável às intervenções do Mário Lino.

Arbitragem e o português

By Mike on 22:16

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Ora desde pequenino que acompanho futebol. Sei que não sou muito velho, mas sempre que uma equipa saía derrotada ouvi frequentemente esta justificação, nas variantes que passo a apresentar:

"- Fomos prejudicados pela arbitragem mais uma vez!"

"- O campo parecia inclinado!"

"- Apesar de termos sido dominados todo o jogo e termos cortado em cima da linha inúmeros lances de golo, aquele penalty foi injusto! Toda a gente viu que a perna do Jairzinho nem partiu, foi simulação pois claro!"

"- É sempre a mesma história! Para o FCP marcam-se 5 penalties/jogo e para nós é sempre 4! São sempre os mesmos beneficiados!"

"- Não era fora de jogo, tenho a certeza! Até daqui do banco vi claramente, e no meio de 17 jogadores que o Rodriguinho estava em jogo!"

Muitas mais haveram certamente. Mas a verdade é que em Portugal é muito difícil admitirem-se factos simples, por exemplo: "O adversário foi melhor", ou "Nós não jogámos peva", ou mesmo "tivémos sorte por acabar com 9 jogadores em campo". Pode-se ver uma equipa a levar um chamado "banho de bola", mas se de repente o árbitro marca uma falta errada, é o fim do mundo. É o culpado por natureza. Mesmo que não tenha culpa, "nós fomos claramente prejudicados por não ter sido prejudicados pela arbitragem, visto que assim teríamos uma desculpa para usar"...


No nosso dia-a-dia isto também acontece. Ora vejamos:
"- Então pá, bateste??"
"- Podes crer...fogo porcaria de estradas, mal sinalizadas...se estivessem como deve ser..."
"- Mas então, que aconteceu?"
"- Eh pá ia eu a 140 km/h lá no meu bairro, e não é que me sai um carro no cruzamento que nem prioridade tinha! É o que eu digo, o português na estrada é um perigo, não se pode confiar! Mas lá dei um porradão no gajo para aprender as regras do trânsito como deve ser!"

Férias (e depressão...)

By Mike on 19:58

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Agosto acabou e como muitos portugueses também tive de férias. Férias também do blogue, visto que realmente já não escrevia há um mês...

Ora vi recentemente uma reportagem sobre a depressão pós férias e identifiquei-me com a coisa...ora qual a pior coisa que regressar ao trabalho?? Depois de 10, 15 dias de vida, é difícil voltar ao duro, sendo quase uma constatação óbvia...mas se fosse ministro da saúde resolvia logo o problema: ora incluia um bónus pós férias de 1000e mais dias de trabalho alternado com folgas e manhãs de trabalho no jacuzzi. Para além disso legislava no sentido das empresas, ou locais de emprego darem as condições de entretenimento e diversão necessárias para que o trabalho fosse uma festa.

Fica a minha teoria para a cura da depressão pós-férias! Alguém tem algo a acrescentar?? :P